BURRO
Equus asinus
O burro é um grande amigo do homem. Há milhares de anos que o ajuda em muitas tarefas domésticas, como transporte e para levar carga.
Às vezes confunde-se os burros com os cavalos. Mas há diferenças: o burro é mais baixinho, tem orelhas mais compridas e o seu rabo é quase sem pelo acabando num pequeno tufo de crinas. A cabeça também é bem maior do que a do cavalo e tem as patas mais curtas.
Algumas pessoas acham que não é muito bonito, mas é muito útil, porque é forte e resistente. Ainda por cima tem a visão, olfato e a audição muito mais desenvolvidos do que o cavalo.
Os burros são muito diferentes uns dos outros conforme o clima e a raça a que pertencem. A cor varia entre o cinzento com manchas e o castanho. A voz do burro é o zurrar. Por acaso já reparou que se tivessem riscas pretas e brancas os burros seriam mais parecidos com as zebras do que os cavalos? É porque são da mesma família. Aliás, os burros são originários de África, onde vivem as zebras.
Um burro vive mais ou menos 20 anos, mas alguns chegam aos 30. Tal como nos cavalos a sua idade é descoberta através dos dentes, que apesar de muito fortes vão ficando mais feios com a idade.
Os burros que vivem nas regiões frias são menores e frágeis do que os dos países quentes.
A fêmea tem normalmente apenas um filhote que demora quase um ano para nascer.
Ao cruzar um cavalo com um burro obtêm-se as mulas. Elas são ótimas porque são pacientes, muito trabalhadoras e também bastante fortes. Mas infelizmente são estéreis (não podem ter crias).
De todas as espécies domésticas esta é menos compreendida, porque os criadores quando não os domesticam bem durante o crescimento, aborrecem-se quando o vêem a ser preguiçoso e tímido.
Dizem que os burros são muito teimosos, mas não é verdade. Eles gostam muito de brincar e trabalhar, mas é preciso que os criadores lhes dêem muita atenção.
É muito fácil mantê-lo.
Come muito pouco e contenta-se com folhas e grãos que os outros animais normalmente deixam de lado. Mas são exigentes com a água, que tem que ser limpa e sem cheiro.
O leite de burra é muito bom para a saúde. E há povos que comem a sua carne.
Outra curiosidade é que os árabes nomades (que não têm moradia fixa) fazem as suas tendas com peles de burro.
Os povos antigos serviam-se ainda dos ossos dos burros para fazer o corpo das flautas porque ficavam mais duras e mais sonantes que as feitas de ossos das outras espécies.